quinta-feira, 10 de abril de 2008

Adoçantes: Afinal, ele fazem bem ou mal?

Os adoçantes, geralmente sem calorias, tornaram-se “queridinhos” por necessidade, desejo de emagrecer ou mesmo preferência. Porém muita gente não sabe qual é a maneira correta de utilizá-los

Por Camila Generoso

Adoçante dietético é um produto constituído a partir de edulcorantes (substâncias responsáveis pelo sabor doce). Possuem o poder de adoçamento muitas vezes maior do que o açúcar branco convencional e são recomendados para dietas
especiais, quer seja de emagrecimento ou de restrição.
“Pessoas diabéticas devem ter orientação médica e nutricional a respeito de quais adoçantes utilizarem, uma vez que muitos deles contém lactose ou sacarose como veículo de suas substâncias edulcorantes”, orienta Márcia Gaspa, formada em Nutrição pela Universidade do Sagrado Coração de Bauru.
Os adoçantes calóricos reduzem as calorias da dieta por terem o poder adoçante maior do que o açúcar convencional e para que cumpram o seu papel devem ser utilizados em quantidades reduzidas. Em alguns países seu uso chega a ser proibido, mas no Brasil é permitido. “Os adoçantes são seguros se usados corretamente baseado nas doses que o nutricionista ou médico indicar” diz a nutricionista.


Conheça as características dos adoçantes mais comuns

Acesulfame de potássio: Pessoas que necessitam limitar a ingestão de potássio só devem consumi-lo após consulta médica. Geralmente é associado com sacarina e ciclamato de sódio.

Ciclamato de sódio: Alguns estudos da década de 70 apontaram efeitos carcinogênicos no ciclamato de sódio em ratos. Por isso, ele é ilegal em alguns países. Incluindo o Brasil e em mais de 50 países, seu uso é autorizado.

Frutose: Extraída de frutas e mel, possui algumas calorias, diferentemente de outros tipos de adoçante. Especialistas não recomendam seu uso por diabéticos porque favorece a elevação do colesterol.

Sucralose: É o único que deriva da cana, por isso tem um sabor considerado mais próximo ao do açúcar refinado. Pode ser consumido com segurança por diabéticos, gestantes e por pessoas de qualquer faixa etária e estado fisiológico.

Sacarina: Geralmente associada ao ciclamato, tem poder edulcorante 200 a 700 vezes maior do que a sacarose, presente no açúcar. Foi descoberta em 1879 e era utilizada inicialmente como anti-séptico e conservante. Os adoçantes feitos de ciclamato e sacarina têm gosto amargo, mas são os mais baratos.

Aspartame: Feito com proteínas naturais, possui sabor mais semelhante ao do açúcar, em comparação com sacarina e ciclamato. Geralmente é associado ao sorbitol extraído das frutas.

Estévia: Derivada da planta de mesmo nome, já era utilizada pelos índios tupis-guaranis. Em geral, é associada a outros adoçantes e, por isso, deixa de ser “natural”. Há poucos estudos para assegurar o seu uso.

Para saber mais: KRAUSE, Marie V; MAHLAN. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 6.ª ed. São Paulo: Editora Rocca ,1985.

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