Adoçantes: Afinal, ele fazem bem ou mal?

Os adoçantes, geralmente sem calorias, tornaram-se “queridinhos” por necessidade, desejo de emagrecer ou mesmo preferência. Porém muita gente não sabe qual é a maneira correta de utilizá-los

Por Camila Generoso

Adoçante dietético é um produto constituído a partir de edulcorantes (substâncias responsáveis pelo sabor doce). Possuem o poder de adoçamento muitas vezes maior do que o açúcar branco convencional e são recomendados para dietas especiais, quer seja de emagrecimento ou de restrição.
“Pessoas diabéticas devem ter orientação médica e nutricional a respeito de quais adoçantes utilizarem, uma vez que muitos deles contém lactose ou sacarose como veículo de suas substâncias edulcorantes”, orienta Márcia Gaspa, formada em Nutrição pela Universidade do Sagrado Coração de Bauru.
Os adoçantes calóricos reduzem as calorias da dieta por terem o poder adoçante maior do que o açúcar convencional e para que cumpram o seu papel devem ser utilizados em quantidades reduzidas. Em alguns países seu uso chega a ser proibido, mas no Brasil é permitido. “Os adoçantes são seguros se usados corretamente baseado nas doses que o nutricionista ou médico indicar” diz a nutricionista.

Conheça as características dos adoçantes mais comuns

Acesulfame de potássio: Pessoas que necessitam limitar a ingestão de potássio só devem consumi-lo após consulta médica. Geralmente é associado com sacarina e ciclamato de sódio.

Ciclamato de sódio: Alguns estudos da década de 70 apontaram efeitos carcinogênicos no ciclamato de sódio em ratos. Por isso, ele é ilegal em alguns países. Incluindo o Brasil e em mais de 50 países, seu uso é autorizado.

Frutose: Extraída de frutas e mel, possui algumas calorias, diferentemente de outros tipos de adoçante. Especialistas não recomendam seu uso por diabéticos porque favorece a elevação do colesterol.

Sucralose: É o único que deriva da cana, por isso tem um sabor considerado mais próximo ao do açúcar refinado. Pode ser consumido com segurança por diabéticos, gestantes e por pessoas de qualquer faixa etária e estado fisiológico.

Sacarina: Geralmente associada ao ciclamato, tem poder edulcorante 200 a 700 vezes maior do que a sacarose, presente no açúcar. Foi descoberta em 1879 e era utilizada inicialmente como anti-séptico e conservante. Os adoçantes feitos de ciclamato e sacarina têm gosto amargo, mas são os mais baratos.

Aspartame: Feito com proteínas naturais, possui sabor mais semelhante ao do açúcar, em comparação com sacarina e ciclamato. Geralmente é associado ao sorbitol extraído das frutas.

Estévia: Derivada da planta de mesmo nome, já era utilizada pelos índios tupis-guaranis. Em geral, é associada a outros adoçantes e, por isso, deixa de ser “natural”. Há poucos estudos para assegurar o seu uso.

Para saber mais: KRAUSE, Marie V; MAHLAN. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 6.ª ed. São Paulo: Editora Rocca ,1985.

Pés, para que te quero!

Tratamentos com profissionais especializados podem cuidar da saúde dos pés e as novas técnicas podem prevenir problemas de saúde.

Por Miriam Bollini

Ao usar com freqüência uma inocente sapatilha de balé quando era criança, a analista Sandra Regina C. Silva, 29 anos, não poderia imaginar o problema que enfrentaria ao chegar à fase adulta. Aos 23 anos, ela começou a sofrer de onicocriptose, popularmente conhecida como unha encravada, ou seja, quando a unha “enterra” suas pontas na pele ao redor do dedo, causando dor e inflamação. A situação ficou tão grave que já não era mais possível usar sapato fechado. “Eu só podia usar sapatos abertos e vivia com curativos, principalmente no dedão, inclusive cheguei a fazer uma cirurgia, mas quando o canto da unha voltou a crescer, encravou e voltou a inflamar novamente”, diz.
Para resolver o problema, Sandra Silva procurou uma podóloga - especialista que atua junto à área médica, tratando de problemas nos pés e principalmente nas unhas – para desencravar as unhas e cortá-las de maneira correta. “Ela também cuida do corte das unhas para que cresçam sem encravar, além de retirar calos, faz massagem e me deixa com um bem estar de ter unhas bonitas, tanto que após o tratamento que faço, não tenho mais vergonha de usar sapatos abertos” diz aliviada.

Unhas mal cortadas: uma brecha para a unha encravada

O podólogo Oriovaldo Pereira Junior alerta que unhas encravadas geralmente acontecem quando a unha é cortada inadequadamente, sendo o principal problema enfrentado pelos seus pacientes, quando o assunto é a saúde dos pés. Segundo Pereira Junior, não existe uma regra na hora de cortar as unhas, apenas respeitar a anatomia dos dedos. “Quando o corte da unha se torna difícil, o correto é procurar um profissional especializado, ou seja, um podólogo” aconselha.

Salto alto: elegante e perigoso

Irresistível para as mulheres, o salto alto é um problema para os pés

Mas não é só a unha encravada que traz dor de cabeça, ou melhor, nos pés das pessoas. O podólogo Pereira Junior diz que calos, calosidades e micoses (contaminação por fungos), geralmente surgem pelo uso prolongado de calçados inadequados e desconfortáveis, como os de salto alto e bico fino. Além disso, os famigerados “cascões” dos pés rachados lideram o ranking de problemas nos pés. Para isso, Pereira Junior dá algumas dicas: “Use com mais freqüência calçados fechados com meias de algodão, pois eles favorecem o equilíbrio da transpiração dos pés. O uso de cremes hidratantes específicos próprios para os pés também são importantes, porém não devem ser usados entre os dedos”. Para quem quiser fazer um tratamento específico, existem hidratações que utilizam parafina quente. Um tratamento tradicional, como um pacote de corte de unha, remoção de calos, unhas encravadas e massagem relaxante, custa, em média, 43 reais. Para quem tem problemas graves com unha encravada, Pereira Junior aconselha um tratamento mensal, mas que pode variar de acordo com o crescimento das unhas de cada paciente.

Energia que vem dos pés

Atualmente existem vários tratamentos para o bem estar dos pés. Mas, por meio dele, também é possível tratar determinados problemas de saúde. O método usado para isso é a Reflexologia, uma técnica oriental que alia terapia com massagem reflexiva feita na planta dos pés, a fim de estimular pontos de tensão para melhorar ou até curar determinados problemas de saúde. A técnica pressiona os dedos das mãos e dos pés, atingindo todas as partes do corpo, permitindo uma reação de relaxamento e bem estar. Mas o podólogo Oriovaldo Pereira Junior alerta: “a Reflexologia só deve ser feita por profissional habilitado”.

Reflexologia: ideal para relaxar e esquecer o estresse

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Principais dúvidas sobre o câncer de tireóide

O Super Saudável fez uma entrevista com o cirurgião Jefferson Peraçoli sobre os problemas causados pelo câncer de tireóide. Confira abaixo.

Super Saudável – É freqüente o câncer de tireóide?
Dr. Jefferson Peraçoli – Como qualquer órgão, a tireóide está sujeita a vários tipos de doenças, principalmente as que levam à redução ou o aumento da sua produção hormonal hipotireoidisamo (falta de hormônios) e hipertireoidismo ( excesso de hormônios), mas também é a glândula endócrina mais susceptível a desenvolver tumores malignos, além de tumores benignos e o bócio (aumento de toda a glândula). No computo geral, corresponde à cerca de 1% das neoplasias malignas nos homens e 2 a 3% nas mulheres, mas sua incidência é uma das que mais vem aumentando, cerca de 3% ao ano.

Super Saudável - Quais as causas do câncer de tireóide?
Dr. Jefferson Peraçoli - A causa mais reconhecida é a radiação. Há muito tempo sabemos que radiologistas apresentam maior incidência da doença, assim como pessoas que se submetem a Radioterapia para tratamento de outro câncer na cabeça, pescoço ou tórax superior. Nos anos 60, antes de se descobrir o seu efeito cancerígeno, a radioterapia foi amplamente e aplicada para se tratar amídalas, adenóide ou timo hipertróficos (aumentados), bem como a acne (espinhas) da face.
Hoje estão sendo identificados genes que explicam situações de recorrência familiar, mas a maior parte dos casos é esporádica, quer dizer, sem risco apreciável aos familiares. Interessante notar que se trata de um dos poucos tipos de câncer que não guarda relação com o cigarro, sendo sua incidência igual entre fumantes e não fumantes.

Super Saudável - Quais os sintomas?
Dr. Jefferson Peraçoli - Quase sempre o câncer de tireóide evolui de modo muito lento, na forma de um nódulo na região anterior e inferior do pescoço, muitas vezes só diagnosticado durante um exame médico de rotina. É indolor e não atrapalha a deglutição, ao contrário do que muitos pensam. Se não diagnosticado, pode demorar vários anos até atingir tamanho suficiente para ser visto ou palpado pelo paciente, pode provocar rouquidão, aderir-se aos músculos e pele ou, ainda, se apresentar pela disseminação a um gânglio (tosse, falta de ar, expectoração com sangue) ou cérebro (convulsões ou dor-de-cabeça). Mas é importante lembrar que a maior parte dos nódulos que surgem na tireóide é benigno, de modo que sua constatação implica em investigação apropriada, porém sem alarmismo.

Super Saudável - Como se confirma o diagnóstico?
Dr. Jefferson Peraçoli - As características do nódulo à palpação, o ultra-som e a cintilografia (mapeamento) orientam o médico especialista a distinguir os nódulos benignos dos suspeitos. Estes últimos deverão ser submetidos a exame de biópsia por agulha fina, exame que pode confirmar o caráter benigno ou maligno, ou manter o caso sob suspeita, situação onde se impõe a necessidade de cirurgia de retirada total do nódulo para exame minucioso.

Super Saudável - Como se trata o câncer de tireóide?
Dr. Jefferson Peraçoli - Confirmado o diagnóstico, a glândula deve ser totalmente extirpada, com a retirada dos nódulos linfáticos (ínguas) próximos e por vezes os mais distantes, conforme o estado da doença. Nos casos em que a suspeita indica a cirurgia, retira-se apenas a região do nódulo para exame e, caso se confirme a malignidade, nova cirurgia deve ser feita o mais breve possível para a retirada do restante da glândula e eventuais gânglios , já que apenas suspeita não justifica procedimento maior no primeiro momento.

Super Saudável - Qual a mortalidade do câncer de tireóide?
Dr. Jefferson Peraçoli - Felizmente é bastante baixa. O caráter lento do tumor deixa espaço de tempo razoável para o diagnóstico e tratamento, ainda que implique em acompanhamento por 5 a 10 anos após cirurgia. Existe um subtipo, que felizmente corresponde a menos de 5% dos casos.

Super Saudável - E é possível viver sem a tireóide?

Dr. Jefferson Peraçoli - Sim. A função da tireóide pode ser suprida com um único comprimido de seu hormônio ao dia de maneira totalmente eficaz, sem efeitos colaterais quaisquer e com plena qualidade de vida. Como acontece com qualquer pessoa que sofra de hipotireoidismo.

Câncer de Tireóide: um dos tipos mais tratáveis

Por Michele Magalhães

É um dos poucos tipos de câncer que não guarda relação com o cigarro, sendo sua incidência igual entre fumantes e não fumantes

Não há dúvida que ter qualquer tipo de câncer muda a vida das pessoas. É normal levar um susto, como se a vida jamais voltasse ao “normal”. Mas, diferenciado de outros cânceres, o de tireóide chama atenção por ter um dos índices mais baixos de mortalidade, é o que afirma o médico especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Jefferson Luiz Peraçoli.

A tireóide nada mais é do que uma glândula localizada na região anterior e inferior do pescoço com forma de uma letra “H”

Segundo ele, cerca de 8% dos pacientes com esse tipo de doença morrem de causas relacionadas a ela. A tireóide é responsável pela coordenação do ritmo metabólico de todo o organismo, pela renovação das estruturas celulares e pela produção de energia. Faz isso através do hormônio que produz e lança na corrente sanguínea, o que a caracteriza como uma glândula endócrina.

Como em outros cânceres, o de tireóide é tratável e tem altos índices de cura, desde que detectado em seu início. “O câncer de tireóide e o tratamento por toda a vida podem parecer confusos e até perturbadores, mas é importante lembrar que a maior parte dos nódulos que surgem na tireóide são benignos”, tranqüiliza Peraçoli.
Em entrevista ao Super Saudável o especialista tira algumas importantes dúvidas sobre a incidência deste tipo de câncer.

Hipocondria ON LINE

Por Diego Singolani

Internet pode estimular pessoas com tendência ao “pânico por doenças”

A vasta oferta de informações na internet sobre dados médicos vêm criando uma legião de “cibercondriacos”. O termo se refere àquelas pessoas que tem medo de adoecer ou imaginam sofrer de alguma moléstia através de consultas a páginas da web.

A procura por esse tipo de informação na rede aumentou muito. Segundo estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos , nos últimos dez anos, os médicos perderam o posto de principal fonte de informação sobre saúde para os americanos, sendo superados pela internet.

Na Europa, um em cada quatro cidadãos utiliza da internet para esclarecer suas dúvidas sobre o assunto.
Por um lado, o maior acesso a informação é positivo por permitir a conscientização de diversas pessoas sobre questões relacionadas à saúde. Entretanto, este fenômeno preocupa alguns especialistas que acreditam num aumento do medo de doenças, algo comum ao ser humano, em virtude do excesso desses dados. Eles alertam que a procedência da informação é outro fator importante, já que não são poucos os que manipulam sem nenhum pudor ou conhecimento este tipo de assunto com interesses outros, que não o bem estar das pessoas.
O problema se torna ainda mais grave quando a pessoa se automedica baseada em informações da internet, sem nenhuma consulta profissional. Os médicos salientam que se informar sobre a doença e sobre os tipos de tratamento é algo importante para o paciente, entretanto tomar qualquer atitude sem o aval de um médico pode ser um risco a vida.


Fonte confiável de informação

Uma opção de fonte segura sobre informações médicas na internet é no banco de dados MedLine (página em inglês) que reúne os principais arquivos sobre saúde de médicos do ocidente. São mais de 500 mil novas postagens ao ano.
Evidentemente, nunca tome qualquer atitude que possa afetar sua saúde sem a devida orientação médica.